Hoje seria o aniversário daquela que ajudou a me criar, que era meu refúgio nas horas de rebeldia, aquela que me recebia nas férias, com a casa já cheia de netos e netas, mas que era suficiente em amor e dedicação a cada um, sem diferença. Ana Trajano, a minha vozinha. Falei da sua partida aqui e aqui no ano passado.
Não posso dizer que chorei sua partida, porque recebi a notícia de sua morte com paz no coração, e a certeza de que a encontrarei novamente no paraíso. Mas sinto muita saudade, e hoje principalmente, pois seria o dia em que nos reuniríamos em sua casa, para festejarmos mais um ano de sua vida.
Acho que com os anos, irei me esquecendo gradativamente e com algum tempo, Donana será só uma doce lembrança em meu coração, o seu sorriso escancarado, seu rostinho lindo apesar das marcas do tempo, sua sabedoria e alegria, os bolos que fazia e ficava com os dedos cheios de massa de bolo, e eu adorava lamber seus dedos, quando isso acontecia! Ela morria de cócegas! Ah, Donana! Tanta coisa boa pra lembrar!
Até breve, Donana! Nos veremos no céu, ou se Jesus voltar antes, nos veremos naquele grande dia tão esperado por nós! Te amo muito, minha legítima Ana Trajano!
Ana Trajano (cheia de saudade e honrada por carregar o seu nome, vozinha)